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domingo, 28 de fevereiro de 2021

Os últimos versos

 


A vida nos impele um dia a chorar a dor daqueles que ela nos deu.

É quando chega o momento de empurrar a canoa e dizer, adeus!...

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Autoria: ChicosBandRabiscando


Obs.: Dedico este poema a você, primo Wesley.

Vai na paz de Deus...



domingo, 21 de fevereiro de 2021

Florbela de desejos

 


Alva, apagada, luminosa;
lusitana, altiva, em chamas!
Florbela de desejos, sonetos!
Espanca a minha alma!

Perdia a minha calma,
por versos tão tristes!
Amo-te como minha,
mar maior, não existe!

Exaurida, faminta, feminina!
Aos prantos, um lenço,
A Deus, as suas linhas...

Velejo, além-Tejo, beijo-te!
Assim: sentida, sofrida, vertida.
Seus versos não terminam, menina!

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Autoria: ChicosBandRabiscando


Imagem: (ChicosBandRabiscando)




sábado, 20 de fevereiro de 2021

Um país do futuro...


Eles sonhavam...

Esperavam  pelo novo.


E o novo, a eles...

O povo!


Inertes, imberbes,

tão chocos!

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Autoria: ChicosBandRabiscando


Fonte da imagem: Não tenho a fonte original:

https://jcssfilosofia.wordpress.com/2020/07/10/linguagem-conhecimento-pensamento/


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Do vinho



Embora, pouco vivi;

só  agora me descobri,

sorri!

Foi quando caí...

 

Era uma amora;

tão verde por fora,

ficando a parede,

nem tinha a sede! 


O que era o futuro ?

Uma alma sem prumo,

num ser sem rumo.

Casa em casulo! 


Parasitava os sentidos;

sem um existencialismo,

fingia ainda estar vivo.

Era meu próprio fugitivo!...

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Autoria: ChicosBandRabiscando



Credites: https://unsplash.com/@patryksobczak




terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Morar é não ter um lar



O que é um lar senão uma lenda.

Uma fenda que se abre sobre o tempo...

Morar não é para sempre!


Adeus são, segundos, poucos momentos!

É um movimento fadado ao esquecimento...

Às vezes, rápido, lento!...


Nenhuma casa se sustenta!

Ainda que (relutamos), mudamos...

Bagagem é a saudade que levamos e aqui deixamos.

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Autoria: ChicosBandRabiscando

Morar é não ter um lar 




Credites: https://pixabay.com/pt/users/enriquelopezgarre-3764790/


domingo, 14 de fevereiro de 2021

Devaneios


Nevoeiros,

devaneios,

não te vejo,

nem te beijo!


Ainda aqui,

em meu seio,

sem um meio,

até o fim!

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Autoria: ChicosBandRabiscando



Credites:

https://pixabay.com/pt/users/victoria_borodinova-6314823/?tab=popular&pagi=95



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Renascido à pele

 

Cada um faz o seu próprio destino;

ora, cantando, chorando, sorrindo.

Um dia  também fui um menino!


Amanheci, cresci,  fui às guerras.

Ergui e derrubei os meus castelos.

Já cansado, a vida não  espera!...


Todavia, mais uma vez renascido...

Vi-me varrido para outras  eras...

Quirelas, um ser alado noutra pele.

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Autor: ChicosBandRabiscando



Credites:https://www.pexels.com/@zhangkaiyv?utm_content=attributionCopyText&utm_medium=referral&utm_source=pexels

domingo, 7 de fevereiro de 2021

A igrejinha da colina



Passei à porta de uma igreja onde se lia uma frase na entrada:

"Disque oração".

Parei um pouco a minha caminhada e refleti sobre a mesma...

_Ora! Para que eu deveria  ligar se tenho um coração?

Segui, mais  à frente havia outra igreja.

Esta era bem mais orgulhosa; tanto em pompa, bem como em 

 nome:

"UNIVERSAL".

Reconheço, ali havia realmente uma grande ideia  de propagada.

Novamente me pus a refletir...

_Não! Isto não é grandeza; claro que não!

_Grandeza é o céu e todas  as suas estrelas.

Meses após estes episódios da vida urbana, viajei rumo às colinas.

Ao topo de uma delas,  avistei mais uma vez aquela humilde 

igrejinha.

Era tão simples, e ,ao mesmo tempo, celeste!

Sempre que por ali passava, meu coração se apertava. 

Sentia uma grande  vontade de descer do carro, subir a colina e 

conhecê-la. 

Daquela  vez não  resisti, parei o carro no encostamento, subi em 

caminhada..

Mesmo que um tanto cansado da subida, compensara, pois, a  visão

 era  magnífica! 

Sentia uma sensação de liberdade incrível,  nunca ante sentida em 

minha vida.

Respirei fundo, senti os pulmões a se encherem, continue...

Estava longe da fuligem , do  cinza da vida urbana e todas aquelas

 buzinas assassinas.  

A temperatura da manhã ainda baixa trazia-me uma sensação de 

 prazer  sobre a pele.

Visto que os raios de sol semeavam  sobre os orvalhos matinais 

despertando a vida.

Lembrei-me na hora  do filme : A noviça rebelde na cena em que 

Maria  corria pela colina.

A relva estava  realmente esplendorosa, renovada, misturada as flores 

selvagens apontadas.

Um verdadeiro paraíso sobre à terra;  perdido,  e por mim   reencontrado. 

Após quase uma hora de caminhada, ou um pouco mais, estava à porta da 

igrejinha.

De perto a sua  arquitetura  simples  era  esplendorosa; muito mais  

que vê-la  lá de baixo.

A nomeei de "minha  linda casinha franciscana".

Nem parecia abandonada por todo esse tempo, sentia que  sempre 

esperara por minha chegada.

A natureza lhe cuidara com  esmero, a trabalhara  por todos esses anos.

 Imagineis os pastores, os peregrinos, ali realizando  seus cultos  dominicais.

A relva tão viva , as  gramíneas, decoravam com maestria as suas paredes.

A entrada ornada em belas flores selvagens multe coloridas me convidava.

Não resisti, o perfume campestre exalava no seu interior. 

Porta  entreaberta, entrei...

A passos calmos , busquei um banco, tirando algumas  folhas, sentei.

Pássaros  iluminados por filetes  que penetrara por uma fresta, pregavam

 os seus belos cantos  sobre o altar.

Pacíficos, ali continuaram o  seu cantarolar não se incomodando  com a

 aminha presença.

Sentido a paz daquele ambiente, me pus a fechar os olhos em  oração. 

Tão logo, ouvi uma voz; era  tão baixa, ao mesmo tempo, suave, calma como

 um serafim!

Pensei em abrir  os olhos, porém,  não me fiz assustado. 

E, antes que o fizesse, ouvi um pedido daquela voz angelical:

_Filho, permita-te,  sinta  esta  paz, asserena-te.  

_Estais numa  humilde  casinha  de Deus.

_Por hora, não abra os teus olhos!

_Apenas ore, ore!

 _ Ore dentro do teu próprio  templo.

_Se sentir vontade, chore! 

 _Liberte os teus sentimentos...

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Autoria: ChicosBandRabiscando




Credites: https://unsplash.com/@john_cafazza

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Entre o início e o fim


Mais uma vez soprando velas;

eu a vejo da janela,

nesta minha despedida...


Por isso,

não  gosto de bolos;

nem de palmas.

Muito menos calendários.


Ah! Os aniversários!

O tempo vem e nos faz carta fora do baralho.

É um curto ensaio!

A poesia, não, (...) é o intervalo.



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Autoria: ChicosBandRabiscando




Credites: https://pixabay.com/pt/users/victoria_borodinova-6314823/