Qualquer sombra me serve;
uma garagem,
um viaduto,
uma calçada.
Eu não tenho morada!
Já comi lavagem.
Já pedi passagem.
Já morri em desgosto.
Eu não tenho nada,
seu moço.
Vivo nessa estrada.
Falam que eu não existo.
Dói em mim profundo.
Quero ser do mundo!
E assim, persisto...
uma calçada.
Eu não tenho morada!
Já comi lavagem.
Já pedi passagem.
Já morri em desgosto.
Eu não tenho nada,
seu moço.
Vivo nessa estrada.
Falam que eu não existo.
Dói em mim profundo.
Quero ser do mundo!
E assim, persisto...
Autor: Francisco de Assis Dorneles
Credites:https://pixabay.com/pt/photos/pessoas-sem-abrigo-masculino-1550501/#_=_
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