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sábado, 27 de julho de 2019

Aquarela zodiacal


Estive três dias sobre o eclipse,
três noites me escondi de você.
Setenta e duas horas vivendo nas
sombras.
Eu não quis encarar os teus olhos.
Por três dias estive em sono.

O teu retrato, o meu outono.
Uma linda imperfeição.
Viajei pra dentro de mim.
Movi os pinceis, então.
Das cores que estavam em cinza.

Pincelei lágrimas em aquarela,
eu não esqueci.
No papel  o teu rosto tracei. 
Juro por Deus,
ontem eu estava triste.
Lembrei de você,
traços lindos rabisquei. 
Eu jurei,
você estava bela.

Refiz toda a paisagem,
pedaços de ti em miragem.
Das mãos de um Vermeer,
teus olhos, tua boca,
corpo e braços.
Assinei o que não se escreve.

O cinza era o belo,
eu descolori você.
Por três dias,
te vi dentro de mim.
Três dias de céu e inferno,
me vi dentro de ti.
Três dias,
eu não conseguia sorrir.

Cortei as assas do meu dragão,
me apaguei em sombras.
Três dias de solidão,
passei a água e pão.
Eu salivei você.

Conjurei-me no eclipse,
sim, eu estava tão triste.
Foi por você que  jurei.
Eu não queria mais te ver.

Vi o cravo renascer do pântano,
sonhei com os zodíacos.
Dia lindo! Manhã triste.
Acordei em espanto.
Conspirei contra os astros,
te recriei no meu quadro.
Quem sabe um dia...
Um dia talvez volte a te ver.

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Autoria: ChicosBandRabiscando

















Credites:Image by <a href="https://pixabay.com/users/robertwaghorn-6315497/?utm_source=link-attribution&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=image&amp;utm_content=2846349">Robert Waghorn</a> from <a href="https://pixabay.com/?utm_source=link-attribution&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=image&amp;utm_content=2846349">Pixabay</a>






quarta-feira, 24 de julho de 2019

Confissão poética


Por muito tempo eu estava lá dentro.
Dentro de mim, eu, e uma porta entreaberta.
Estranho! Os versos iam e viam...
Chegavam para falar com os meus sentimentos.
De tão rápido que os via, também logo partiam...
Um belo dia decidi abrir-lhes aquela porta.
Foi uma chuva, molhei-me por tantas rimas!
Nada mais sei, tornei-me um poeta.
A poesia é o mistério de todas as coisas.
É um camaleão a mudar a cor da sua pele.
Por nenhum só dia vestirá a mesma roupa.
A poesia simplesmente se autoescreve.





Autor:Francisco de Assis Dorneles
 


















Credites: https://unsplash.com/photos/soGoAfesWO8


sábado, 20 de julho de 2019

O gato da noite


Quero o teu corpo abrigo,
baby.
Uma dose dupla de você.
Teu calor é meu fogo-amigo.
Vou ficar unhando o teu telhado,
farejando migalhas do teu carinho.
O gato da noite chegou cansado,
estou querendo é ser lambido.

Porque hoje estou...
Down   down  down!

Porque hoje estou...

Down  down down!

Baby, 
mande embora o seu namorado,
porque a noite ta um frio gelado.
Tô precisando do teu ninho.
Hoje não quero nenhum papo com a lua,
só tô precisando de um pouco de carinho.
O seu  gato da rua  veio carente,
tudo o que preciso é o teu colo.
Quero vagar por dez noites no teu solo,
confessar segredos neste quarto escuro.

Porque hoje estou...
Down   down  down!

Porque hoje estou...

Down  down down!

Sei que sou  o teu  gato sem botas,

o seu  felino pobre  e sem nota.
Mas você sabe muito bem,
baby.
Sabe que eu sei  sei fazer miau...
Miau!
Ao teu lado me sinto mais seguro,
pois, gatos também ficam escaldados.
Tô precisando de amor,
de amor, baby.
O teu felino caiu do muro,
é só você que  sabe me dá calor.
Fale-me mais desse tal de cupido,
baby.

Porque hoje estou...

Down   down  down!

Porque hoje estou...

Down  down down!



                             

 Autor:     

                                        
Francisco de Assis Dorneles








Credites:https://pixabay.com/pt/photos/grafite-parede-gato-pulverizador-3062069/



















terça-feira, 16 de julho de 2019

Quando eu fui

Eu quis brincar no parque,
mas você já não sabia girar.
Tudo estava  tão diferente,
foi quando tive que acordar.
Por isso estive fora uns dias,
fui para bem longe de mim.

Eu viajei por uns dias,
já não estava mais afim.
Fui embora  por mil dias,
eu me afastei de você.

Desliguei-me de quase tudo,
das coisas que eram ruins.
Estive do outro lado do mundo,
busquei reencontrar meu tempo.
Eu não queria mais te ver.

Fui sozinho fazer a viagem,
mesmo doendo as saudades.
Quis retomar minha  liberdade,
Paguei o preço pra te esquecer,
eu não te levei na bagagem.

Eu viajei por uns dias,
já não estava mais afim.
Fui embora  por mil dias,
eu me afastei de você.





Autor: ChicosBandRabiscando







quinta-feira, 11 de julho de 2019

O viajante



Perdido sentimentos,
tanto tento...
Tento!
Tento me encontrar.

Vou de carona nessa estrada.
Porque o meu destino é viajar...

Eu não aprendi a amar.
Tudo que sei é a mala.




Autor:ChicosBandRabiscando


           







Credites:https://pixabay.com/pt/photos/caminhantes-viagens-viagem-vaguear-1607078/


quinta-feira, 4 de julho de 2019

O louco



Trago no sangue a loucura,
nos gestos, esta insanidade.

Eu cuspo na  tua cara,
escarro-te  a verdade.

Não finjo,
não fujo...
Oh, água suja!

Por que me cala?
Por que me acusa?
Devolva-me a  liberdade.




Autor:ChicosBandRabiscando

segunda-feira, 1 de julho de 2019

Destino


Ingênua criança,
será que nunca  percebe?
Do destino não se foge.

Mesmo assim,
ela corre....
Corre!

Corre e logo cansa.
Esperança... 
Desesperança...

Como se atreve!
Nada disso li adianta.
Sou o início o meio, fim.

Venha, minha pequena,

chega desse cai e levanta.
Arrume as malas, está de mudança.





Autor:ChicosBandRabiscando