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domingo, 24 de novembro de 2019

Sob o sol girassol



Não sei por que você partiu?
Na minha alma você viveu.
A dividiu.

Você foi o fogo que derreteu
Foi um brilho lindo que sumiu.

Perdi minha fé, era um ateu.
Eu vi a minha alma nua.
Tão sua, quase ela morreu!

Fui sede de um peixe sem água.
Carne sangrando presa ao anzol.

Por sete luas.
Por sete sóis.

Também estive em despedida...
Queimava em girassóis.

Quando você nadava, me afogava.
Não reconheci a minha estrada.
Por teu coração.
Feito faca sobre o meu.

Eu debati buscando vida.
Não me via sem o teu.
Eu estive em eclipse.
Cada estrela era triste.

Por sete luas.
Por sete sóis.

Também estive em despedida...
Queimava em girassóis.

Vi você parti.
Eu quis você aqui.



_______________________________

Autor:ChicosBandRabiscando



Obs.: 
Clara influência da banda Legião Urbana.
Escrevi esta letra ouvindo (La nuova Gioventú)







Credites:https://pixabay.com/pt/photos/girassol-flores-vegetais-helianthus-4339701/


segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Vai e vem...



Impublicáveis, 
é toda a nossa vadiagem.
Besteiras de amor.
De um puro sabor.

Você e eu fazendo o "show".

Caretas são as lambretas.
Num quarto fechado.
E eles no buraco da maçaneta.

Dois amantes,
namorados.
O amor é bom, meu bem.
A gente se reinventa.

Perco meu corpo no teu.
Paixão sem fim, você e eu.
Brincando de piqui-esconde.
Feitos Julieta e Romeu.

Nem precisa fechar a porta,
A gente se gosta, 
se enrosca.
Vai...
Batidas no liquidificador.

O amor é bom, meu bem.
Conserve o teu.
Feitos Julieta e Romeu.

Por isso, a gente se ama.
Curtindo nesse vai e vem...

Nesse vai e vem...
Tão bem!




Autor: Francisco de Assis Dorneles








domingo, 17 de novembro de 2019

O herói invisível




O meu Estado é um olhado furado.
É carne picada, sangue talhado.
É um parafuso apertado, enferrujado!
É você  dando o seu recado.

Porque dados são dados.
Números contando o teu estrago.
E não há nada de novo no front.


Mas, a gente finge; não vive, se esconde.
Das mentiras que você nos conta.
Do teu exército que nos afronta.


A violência é tão fascinante.
Extermina a vida num instante.
E o nosso futuro tão distante...

Nada cura a loucura dos lobos.
Quantos corpos pelas ruas.
Agora ninguém mais grita.
É proibindo ficar rouco.


Alguém nos diga.
Quando chegará o amanhã?
É preciso sonhar de novo.

Sabemos disso mais que um pouco.
Sabemos disso mais que um pouco.
Sabemos disso mais que um pouco.


Quantos inocentes você cala.
Um dia vivo.
No outro...

Estranha linguagem das tuas  balas.
Só é permitido estar morto.


Ainda assim, a liberdade arde.
É o prato indigesto a ti.
Covarde!

Sabemos disso mais que um pouco.
Sabemos disso mais que um pouco.
Sabemos disso mais que um pouco.

Soldados brincando de dardos.
O nosso sangue jorrando quente.
Na  praça perfilando os  tanques

A nossa ferida que não se estanca.
É o  sangue puro dos inocentes. 
Tão quente!

Uma bandeira branca.
Um perfume derramado.

O  cravo foi esmagado.
Despedaçado.
Por nada!

Balas não falam.
Apenas calam.

Sabemos disso mais que um pouco.
Sabemos disso mais que um pouco.
Sabemos disso mais que um pouco.



O teu terror sentirá o nosso afago.
Calados, crucificados...
Ainda, lembrados.

Pois, nenhum herói estará morto.
Resistindo...
Falando do fim.
Do teu pão e circo.
Deste perigo.

É tudo assim.
É tão ruim!
Nada de novo.
Castigo!

Um anjo na  Praça Celestial.
Um anjo livre, oprimido, preso!
Um anjo tão indefenso.
Um anjo em inferno astral.

Os fins justificando os meios.
Os tanques abrindo caminho...
Um homem atingido em cheio.

Aonde é que a gente se esconde?
Nenhum ditador ama o seu povo.

Sabemos disso mais que um pouco.
Sabemos disso mais que um pouco.
Sabemos disso mais que um pouco.





Autor:  Francisco de Assis Dorneles






Credites: phtografer Chalie Cole, talk man.
Word Press Photo, 1990. (JEFF WIDENNER/ AP)