Quer me acompanhar no Instagram.....

domingo, 30 de junho de 2019

Um homem, uma mulher.



Hoje acordei acuado por meus medos,
não pude esconder  os dedos.
Abri os olhos confessando segredos.
Coisas que somente são ditas na cama.

Quero saber, por que  a gente ama?
Diga-me ao menos um porquê.
Às vezes viajo nas águas deste vazio.

Sonhei desperto no calor do teu corpo,
nos meus ouvidos a malícia da tua voz.
Coisas legais,  palavras tão sacanas.
O teu sorriso me bateu de frente.

Misturas do nosso liquidificador,
batidas com as  mordidas preferidas.
Em minha boca a nossa pasta de dentes.
Na cama suados,a gente ainda fazia amor.

Um homem, uma mulher.
É tudo tão diferente.

Tem momentos que tudo  esta frio.
Tem horas que a gente esta quente.

Um homem, uma mulher.
É tudo tão diferente.



                                                                        


  Autor: ChicosBandRabiscando






Credites:https://unsplash.com/photos/a7XUtljVEMc

O menino e a fada

O menino e a fada

O garoto era apenas um poema humilde,
a essência pura de uma alma serena.
Eles o chamavam apenas de pequeno.

Não faltavam aqueles que se questionavam,
será que  anjos celestes realmente existem?
Fato é que anjos a gente vê e não esquece.

Rostinho meigo de uma criança  simples,
como  ignorar aqueles olhinhos tristes?
Todo fardo diante dele se tornava leve.
Doía vê-lo vestindo roupinhas tão sujas!

Vestimentas rasgadas a carne da sua dor.
Era suave sentir  a fragrância do seu amor.
Provavelmente o garoto era mesmo um anjo,
para outros, seria um duende ou  gnomo.

O dia nascera cinza quando ele sumiu,
mendigos da praça choraram a sua falta.
Alguns disseram que partira com uma fada.

Como pode uma alma linda ser apagada?
Pobre criança que desta vida nada tinha.
Ruas, calçadas, viadutos,  o seu mundo.

Depois de tudo isso, ainda me pergunto,
quem  são hoje  os verdadeiros pobres?
Sorria,anjinho, você agora vive no céu.
Gaste sua alegria girando no carrossel.

Perdoe este mundo que te foi tão cruel!
Pois, um dia, novos anjos aqui retornarão.
Que nos tragam novamente um coração.
Adeus, seja feliz com sua fada-madrinha.





Autor:     
       
                               Francisco de Assis Dorneles








Credites:https://www.pexels.com/photo/grayscale-photo-of-little-boy-1029783/






sexta-feira, 28 de junho de 2019

Poetas kamikazes



Poetas nada mais são que  kamikazes,
visto que a sua poesia os envaidecem.
Bom seria  se atirassem de um prédio.
Dia feliz vendo a morte dos seus egos.
Poetas, escutem  agora o que  lis peço.
Imolem-se! Se apaguem para o universo.
Quero vê-los sangrar a pisar os pregos,
cumpram de vez o seu destino manifesto.

Porque a poesia só é poesia quando o fiel 
escudeiro é um cervo cego dos seus versos.
Não há poesia sem o puro amor a verdade.
Poetas, 
não me venham a criar nenhum dilema!
Sacrifiquem-se agora por seus poemas,
nenhuma arte  se serve dos covardes.
Morram convictos de não ser um  ato falho.

Exponham os vossos corpos a lâmina da faca,
que ela os cortem retalhos por retalho...
Não há neste mundo uma morte mais  profunda.
Calem-se poetas, procurem não deixar dúvidas.
De hoje em diante ninguém mais os acusa.
Sem entreguem a morte em pluma leveza.
E que nenhum ataude ao fogo seja poupado,
quero ver as chamas a devorar os cadernos.

Desapareça!
Letra por letra...,
frases por frases.
Se apaguem!
Duvido que deixem saudades.
Quem sabe?
Provavelmente, nem mesmo a poesia
venha a chorar pelo seu fim.

Poetas pedestais,  altivos e embevecidos.

Todos vendidos a alma do consumismo.
Por cada um de  vós oro,
desejo que queimem!
Ardam toda essa vaidade no inferno.
Envaidecidos poetas, renasçam!
Ou , descansem sem ter a paz.
Por vocês  já não choro.


Autor: Francisco de Assis Dorneles










Credites:vecteezy




quinta-feira, 20 de junho de 2019

Monólogos com refrigerante


Vou tomando o meu porre de Coca-Cola,
aqui estou sem motivos para negar.
Dane-se o mundo, pois, estou desolado.

Vivo as incertezas desta minha vida;
não vou  me atrever a jogar os dados,
apostar em alguém que não irá voltar.

Preciso agora peregrinar sozinho,
dialogar com as vozes  do meu vazio.
Já não tenho você ao meu lado.

Vento,
porque me sopra tão frio!
Sabes mais  do que ninguém,
meu último suspiro é sentimento.

Tristeza, não me amola!
Deixe-me em paz a cruzar este deserto,
pois, se realmente há jardins em flores,
é a sós  que me farei desperto.

Por hora, 
tudo a mim são dores.
Chuvas de incertezas,
lágrimas que demoram.

Dizem que o amor é sem fim,
talvez não seja para mim.
Sendo assim, me arrebento.

Tornei-me um filósofo da descrença,
das tempestades  que não marcam hora.
Não posso viver de falsas aparências.

Há um vulcão em erupção queimando o meu peito,

rios caudalosos de lágrimas a correr por dentro.
Explodam! Mostrem de vez tudo o que sinto.

Tenho o pulsar vivo e descompassado,

tal como as raízes profundas de uma planta.
Batidas ritmadas  por defeitos tão perfeitos.
E negar tudo isso, não me adianta.

Coração amigo,
bandido.
Paga o preço da verdade,
da preciosa  liberdade!

Sentimentos que me rendem,
que não toleram a falsidade.
Chegam beirar a insanidade,
mas, a mentira não me prendo!

Dizem que o amor é o puro verso,
que escreve suas rimas ao reverso.
Tenho a alma ameaçada a sepultura,
cavalgo feito o cavaleiro da triste figura.

Semente que a terra germina ,
será que um dia virá a ser madura?
Alguns preferem apenas fingir,
se entregar as suas falácias.

Se o puro amor me abraça,
qual o sabor de agora mentir.
Por favor, alguém me responda?

Sou um servo que vem a servir,
não há força em mim a resistir.
Todo sentimento me ronda!

É uma benção a ação do tempo,
traz a ferrugem as  lembranças.
Saudosas são as saudades,
porém, aqui delas me despeço.

Ferido  coração,
por hora,
ficará na prisão.
O amor é te uma prova.

Cala-te, 
prisioneiro desta paixão.
Por que ainda me implora?
Garçom, mais uma Coca-Cola.





                                                         Autor:   Francisco de Assis Dorneles














Credites:https://stocksnap.io/photo/WDVOJDHRK1

domingo, 9 de junho de 2019



Sejam bem-vindos a este blog, 
Agradeço a cada visita, tanto do meu país, 
bem como  de tantas outras partes do mundo que por aqui passam todos os dias...
A poesia é o meu cartão de visitas,
e ela vem aqui  falar de tantos temas.
Divirtam-se, 
não saiam daqui tristes.
Reflexivos, sim.
Pois, 
os versos a tudo se atrevem.
Na poesia não há greve.
Logo, sintam se leves.
A arte é a liberdade que nos invade.
Agradecido,
chicosbandrabiscando.



Jogando


Jogando


O teu amor é a minha válvula de escape...
Partículas queimadas de carbono e ilusão.
Tenho um coração misturado a sua fuligem.
Ainda estou  afim,
mas você finge.
Finge tão mal.
Você me deixa down.
Vou solvendo a tua água doce,
brindando as gostas do teu fel.
Como um refrigerante sem gás.
Como um sanduíche  recheado
apenas de  alface.
O teu gostar esta vestindo
 mil disfarces.
Sou um prego ficando
ao seu lado.
Do nosso barco furado.
Dançamos friamente
sem um jaz.
Queria que você ainda
 me amasse.
Amasse-me.
Não como  um papel.
Um simples papel
Sinto-me tão amassado.

Oh! Éh!
Oh! Éh!

Por ela...
Por ela...

Oh! Éh!
Oh! Éh!


Estamos sem clima
para uma sessão da tarde.
Sem bilhetes para uma
sessão coruja.
Tão tarde!
Já tarde...
O nosso agora é
uma furada.
Estados em guerra.
Não sei mais se você
ainda é a minha namorada?
As frases vão ficando 
assim em reticências...
A luz dando espaço
ao escuro.
Meus olhos são dois
faróis queimados.
Vivemos das aparências.
Corações batendo bielas
Tentando escrever enredos,
quirelas...
Falta carne em 
nossa  panela.

Oh! Éh!
Oh! Éh! 

Por ela...
Por ela....

Oh! Éh!
Oh! Éh!

Seguindo na contramão...
Como um filme sem continuação.
Roupas sujas de segredos,
Te confesso amor,
eu tenho medo.
Do ácido do teu limão.
Vou pagando o preço.
Descascando a minha pele,
em nossos recomeços...
Um homem-camaleão.
O teu mico-leão
Ainda em  tuas mãos.
Felina que me fere.
No palco do amor,
uma atriz,
um ator.
Sentimentos...
Como se esquece?

Oh! Éh!
Oh! Éh!

Por ela....
Por ela...

Oh! Éh!
Oh! Éh!



Os teus verbos já não 
pedem  complemento.
O teu afeto tem um quê
tão intransitivo.
Ainda assim...
Eu tento....
Tento!
Mas  agora você só
me sorri por dentro.
Lamento por ser o teu
objeto direto predileto.
Vou aceitando o
seu jogo bobo.
Faço-me o teu brinquedo.
Tento falar o teu dialeto.
Ainda rolam os dados,
viajo em nosso passado...
Será que amanhã ainda
estaremos lado a lado?
Por hora...
marca os teus xis.
Vamos jogando,
fazendo rabiscos.
Talvez ainda seja fácil
mentir.
Sozinho  ainda te sigo...
Ainda somos amantes,
amigos?
Será que o amor irá
resistir?

Oh! Éh!
Oh! Éh!

Por ela...
Por ela...

Oh! Éh!
Oh! Éh!



Autor:  Francisco de Assis Dorneles












Credites:Imagem de <a href="https://pixabay.com/pt/users/pixel2013-2364555/?utm_source=link-attribution&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=image&amp;utm_content=1777859">pixel2013</a> por <a href="https://pixabay.com/pt/?utm_source=link-attribution&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=image&amp;utm_content=1777859">Pixabay</a>