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domingo, 7 de fevereiro de 2021

A igrejinha da colina



Passei à porta de uma igreja onde se lia uma frase na entrada:

"Disque oração".

Parei um pouco a minha caminhada e refleti sobre a mesma...

_Ora! Para que eu deveria  ligar se tenho um coração?

Segui, mais  à frente havia outra igreja.

Esta era bem mais orgulhosa; tanto em pompa, bem como em 

 nome:

"UNIVERSAL".

Reconheço, ali havia realmente uma grande ideia  de propagada.

Novamente me pus a refletir...

_Não! Isto não é grandeza; claro que não!

_Grandeza é o céu e todas  as suas estrelas.

Meses após estes episódios da vida urbana, viajei rumo às colinas.

Ao topo de uma delas,  avistei mais uma vez aquela humilde 

igrejinha.

Era tão simples, e ,ao mesmo tempo, celeste!

Sempre que por ali passava, meu coração se apertava. 

Sentia uma grande  vontade de descer do carro, subir a colina e 

conhecê-la. 

Daquela  vez não  resisti, parei o carro no encostamento, subi em 

caminhada..

Mesmo que um tanto cansado da subida, compensara, pois, a  visão

 era  magnífica! 

Sentia uma sensação de liberdade incrível,  nunca ante sentida em 

minha vida.

Respirei fundo, senti os pulmões a se encherem, continue...

Estava longe da fuligem , do  cinza da vida urbana e todas aquelas

 buzinas assassinas.  

A temperatura da manhã ainda baixa trazia-me uma sensação de 

 prazer  sobre a pele.

Visto que os raios de sol semeavam  sobre os orvalhos matinais 

despertando a vida.

Lembrei-me na hora  do filme : A noviça rebelde na cena em que 

Maria  corria pela colina.

A relva estava  realmente esplendorosa, renovada, misturada as flores 

selvagens apontadas.

Um verdadeiro paraíso sobre à terra;  perdido,  e por mim   reencontrado. 

Após quase uma hora de caminhada, ou um pouco mais, estava à porta da 

igrejinha.

De perto a sua  arquitetura  simples  era  esplendorosa; muito mais  

que vê-la  lá de baixo.

A nomeei de "minha  linda casinha franciscana".

Nem parecia abandonada por todo esse tempo, sentia que  sempre 

esperara por minha chegada.

A natureza lhe cuidara com  esmero, a trabalhara  por todos esses anos.

 Imagineis os pastores, os peregrinos, ali realizando  seus cultos  dominicais.

A relva tão viva , as  gramíneas, decoravam com maestria as suas paredes.

A entrada ornada em belas flores selvagens multe coloridas me convidava.

Não resisti, o perfume campestre exalava no seu interior. 

Porta  entreaberta, entrei...

A passos calmos , busquei um banco, tirando algumas  folhas, sentei.

Pássaros  iluminados por filetes  que penetrara por uma fresta, pregavam

 os seus belos cantos  sobre o altar.

Pacíficos, ali continuaram o  seu cantarolar não se incomodando  com a

 aminha presença.

Sentido a paz daquele ambiente, me pus a fechar os olhos em  oração. 

Tão logo, ouvi uma voz; era  tão baixa, ao mesmo tempo, suave, calma como

 um serafim!

Pensei em abrir  os olhos, porém,  não me fiz assustado. 

E, antes que o fizesse, ouvi um pedido daquela voz angelical:

_Filho, permita-te,  sinta  esta  paz, asserena-te.  

_Estais numa  humilde  casinha  de Deus.

_Por hora, não abra os teus olhos!

_Apenas ore, ore!

 _ Ore dentro do teu próprio  templo.

_Se sentir vontade, chore! 

 _Liberte os teus sentimentos...

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Autoria: ChicosBandRabiscando




Credites: https://unsplash.com/@john_cafazza

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