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quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Confesso-te


Das dores do amor,
eu estou.

Por que o coração sangra.
Sangra....!

Confesso-te, meu espelho.

Agora  sei; descobri,
meu coração é vermelho.




Autor: 

                   Francisco de Assis Dorneles













Credites:https://pixabay.com/pt/photos/forma-de-cora%C3%A7%C3%A3o-%C3%A1rvore-red-outdoor-1714807/#_=_




terça-feira, 27 de agosto de 2019

Alice


Os sete pecados capitais.
As sete pragas do Egito.
Os sete selos do apocalipse.
Ruíram as sete maravilhas do mundo.

Fuja, Alice!
Reencontre as portas do Paraíso.
Não entregue seu coração aos canibais.
Pisar a selva é apenas fingir estar vivo.

E sobre meninos e lobos,
os filhos Caim tem mais que um pouco.
A nova Babilônia já queimou o seu horto,
flores sintéticas não exalam esperança.

Primatas nunca deixam as cavernas,

o inverno é mais forte que as primaveras.
Resta apenas o abismo e um olhar profundo.
Não chore, criança!

Apenas corra, Alice...,não espreguice!
Cruze as sete  cores do arco-íris.
Liberte-se de ter apenas uma vida vazia.
Além das setes cidade talvez ache utopia.






Autor:ChicosBandRabiscando












CreditesPhoto by dylan nolte on Unsplash



domingo, 25 de agosto de 2019

Labirinto dos meus versos



Quero lhe dizer que quando escrevo,
o faço primeiramente para mim.
Agora, farei verso também para ti,
as outras pessoas. 

Sim, tenho alguns textos um tanto que longos.

Tipo cruzar um rio com apenas remo e canoa.
Porém, lhe peço para não  se esquecer,
sei caminhar por trilhas médias ou curtas.

Reconheço, 

faço dos meus poemas tons de  mistério.
Coisas que estranhamente a ti, ressoa.
Sinto gostar do complexo como algo belo.


Nada mais  posso fazer;
nada mais posso lhe dizer.
Nada, além das minhas campinas.

Meus versos não carregam fórmulas,

não tenho a pretensão de ser um químico.
Tudo é apenas poesia; ela se explica, 
ou não? 
Eu não criei a Coca-Cola.

Tudo são linhas, rimas que se deformam.

Você vive a me chamar de poeta,
Ora ora! 
Tudo confesso nestes meus versos,
por eles eu nunca fiz escola.
E agora?

Como desvendar tudo o que penso,

das coisas que escrevo?
Você sabe que posso lhe enganar;
tenho verbos em alto, baixo relevo.
Às vezes, nem eu os vejo,
fico perdido em alto mar.

E,  lendo por lendo, 

pensa que vai me entender?
Sou apenas a tua ilusão;
o que nunca vai achar.
Será que realmente esta me vendo?

É divertido estar por detrás de cada letra.
Complicar tudo rastejando como um gato no escuro.
Vacilou, me perdeu, já pulei  o muro.
Este sou  eu; um hebreu, filisteu.

Se preciso for, 

visto as roupas do avesso.
Escrevo e me  reescrevo;
faço isso para ser livre.
É inútil  tentar-me o cabresto.

Faça isso,  e logo desapareço...

Vou pousar num outro poema.
Fica só você e  seus dilemas.

Por isso, me entenda.

Quem escreve não tem casa!
Eu sou apenas uma carta;
uma mensagem,
e muitos endereços...

Quer pagar para ver?
Hora estou aqui  neste texto;
num segundo,
lá fora....

Poetas são seres de assas;

nada a ver com teu mundo.
Nascemos de uma vida rara!

Já contemplou  borboletas voando?

Não é tão fácil ser leve  para um voo.
Do  alto tudo é lindo, porém, breve!
Curto como a vida que se passa...

Vivo bem neste labirinto de  escritos;
se faltar bagagem, não entre!
Vai encontrar milhões de caminhos.
E, caso  não se caiba, talvez não saiba.
Não saiba o que é ter a paz de estar  sozinho.

O completo é me tão simples,

não tente me entender?
Labirintos não informam a saída.
Você já leu Clarice?
Talvez aprendesse a ser desperto.

Pode ser-te um caminho triste;

perigoso, vazio ou mesmo divertido.
Você já brincou de morto-vivo?

Então, decifra-me!
Onde esta o meu começo?
Aqui  não se entra com novelo,
pergunte a Ariadne.

Tudo é apenas um passe de mágica.

Se você sai de  um ponto,
logo  abro outra página.

Quem sou eu? 

É o que você me pergunta.
Simples, complexo, profundo...
Sou Morfeu!

O rato roeu a roupa do rei de Roma;
nada sobrou,
nem mesmo o meu diploma.

O fim também é o começo;

página a página, texto a texto.
...Volte atrás

Talvez você agora prefira ficar lá fora,
que não queira mais.
Então vem, 
vou te levar embora...
Criança,
vamos comer amoras.





Autor: 


                Francisco de Assis Dorneles














Obs.: não encontrei a fonte desta imagem, esta em vários blog pela internet.
Caso seu criador(a) não permitir o seu uso, eu irei retirá-la do meu blog.



terça-feira, 20 de agosto de 2019

Tejo



Ao porto eu ainda me vejo,
exalto as águas lusitanas.
Nasci as margens do Tejo,
a ele  minha alma reclama.

O mar é-me tão fascinante,
e nada disso me estranha!
Já fui marinheiro velejante,
toda memória apanha-me.

Tejo que te beijo em cântico,

o teu curso é a liberdade.
Por ti, fui parar no Atlântico,
o meu coração é a saudade.

Lisboa, minha pérola tão bela!

Já não tenho mais verdades.
Fui-me embora numa caravela,
e este meu sol se põe tarde.



Autor:ChicosBandRabiscando








Credites:Imagem de <a href="https://pixabay.com/pt/users/6252550-6252550/?utm_source=link-attribution&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=image&amp;utm_content=2677621">António Francisco Calado</a> por <a href="https://pixabay.com/pt/?utm_source=link-attribution&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=image&amp;utm_content=2677621">Pixabay</a>







quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Pontos e vírgulas


Nesta vida há tantas vírgulas que se tornam pontos,
há  tantos pontos que se tornam vírgulas.

São os encontros e os desencontros,
as chegadas e as partidas...


Autor: (ChicosBandRabiscando)













user:JESHOOTS-com 
Credites:https://pixabay.com/photos/airport-transport-woman-girl-2373727/











domingo, 11 de agosto de 2019

As noites primeiras





Um dia todos aqueles que amamos serão apenas pó das estrelas,
pois, tudo o que é bom  o tempo vem e nos leva...
Aprenderemos a amar os céus como se noites fossem  primeiras.
Saudosas saudades; chamas dos sentimentos, doces entregas.
Quando o amor é sentido, nunca se perde, nada perece!
Nomear estrelas é dar provas de que o amor se mantém.
E nada! 
Nada nesta vida poderá definir por palavras o que dói no peito.
É necessário deixar que as águas caudalosas sigam o seu curso.
Que os rios percorram  por nossas veias...

O sentimento é o deleite que alimenta os nossos leitos,
é o afeto que escreve verdades sem impor regras.
Livre, as asas do amor logo nos chegam.
Fitando-nos os olhos, assim, profetizam: 
Ainda hoje estarás comigo.
Caindo a tarde, elas partem...
Fica apenas o sentimento do vazio,
da total falta de abrigo.

Batidas asas das saudades,
sobre nós, 
as marcas.
São os abraços,  
afagos,
beijos e cheiros!
Tatuagens das lembranças,
nada mais as alcança.
Ainda assim,  
a alma tenta.
Tenta!
Deseja um pouco mais de entrega;
triste,
o tangível se apaga.
Há uma sede na garganta.

O amor se encaixa feito luvas;
visto que, o afeto nada finge.
Toda saudade nos acusa!
Sentimentos,
nunca se fazem em desuso.
Não se arrefecem;
simplesmente amanhecem,
anoitecem.

Tudo jorra  do seu leito;
das correntezas,
lágrimas!
O que vem a ser  saudades,
nada!
Apenas um mar de profundas águas.
O amor faz o curso do seu pranto;
cachoeiras desaguam sobre preces,
o tempo é tão ardiloso!
Parece que nos seca;
não seca,
nada  se acaba.

Deixe que as almas vaguem...
Que busquem  suas cidades.
Nem mesmo assim,
o amor ficará á margem.
Porque sentimentos...
Sentimentos não são miragens!
Tudo vem e nos invade...
Simplesmente nos invade.
O amor é a saudade que não quer um fim.


Autor:    Francisco de Assis Dorneles
















Credites:https://unsplash.com/photos/oMpAz-DN-9I

domingo, 4 de agosto de 2019

Supernovas



Velhas vozes,
caminheiras do tempo.
Por mim, todas ouvidas.
Falam-me dos sentimentos!
Tempo.
Sempre o tempo!
Profetiza as partidas...

Em minh'alma ficam marcas,

tenho o coração tão pequeno!
Fagulhas de luzes,
de lágrimas.
Sóis que queimo!

Silencioso é o vácuo,

no escuro o brilho é tão tímido!
Chorem seres de barro!
A todos velas se acendem.
Mas, quem resiste ao tempo,
ao vento ?
Quem é que os vence?
Logo se apagam.

Fica a dor destas chagas;
aqui estou a senti-las,
vela-las!
Feridas as minhas estrelas.
Fagulhas que tanto piscam,
se apagam!

Pirilampos, vaga-lumes,
seres que  as imitam.
Imaginam reinar  no escuro,
tal como ouro,eles  brilham!
Brilham, porém, não resistem,
se apagam!

Raros são os sopros da vida,
bilhões  de pontos de solidão.
Almas em despedida;
quase um nada,
se apagam!

Eternas capelas, 

tão próximas,
distantes...
Queria poder tocá-las,
dar-lhes as minhas mãos.
Do alto todas fascinam,
assassinam-me!

Velha barca dos viajantes,

dentro de ti vai tanta gente!
Já não tenho mais chão;
nem presente,
perdi minha direção,
Vivo agora das memórias.
Desse ausente!

Oh, nau dos mortos!

Brilhem as supernovas!
A noite estarei aqui a vê-las passar...
Deixem as vossas covas;
cruzem as águas da morte,
rompam com este mar...
Porque sei que alcançaram os portos.
E algum dia...
Um dia!
Ai, também vou estar.
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Autor: 
ChicosBandRabiscando
(Supernovas)






Thank you, Martina Stipan.

You were very kind to allow me to use your artwork in my poem.
Below I leave the image credits to your Instagram.
Credites:https://www.instagram.com/martinastipan/?hl=pt-br