Quero lhe dizer que quando escrevo,
o faço primeiramente para mim.Agora, farei verso também para ti,
as outras pessoas.
Sim, tenho alguns textos um tanto que longos.
Tipo cruzar um rio com apenas remo e canoa.
Porém, lhe peço para não se esquecer,
sei caminhar por trilhas médias ou curtas.
Reconheço,
faço dos meus poemas tons de mistério.
Coisas que estranhamente a ti, ressoa.
Sinto gostar do complexo como algo belo.
nada mais posso lhe dizer.
Nada, além das minhas campinas.
Meus versos não carregam fórmulas,
não tenho a pretensão de ser um químico.
Tudo é apenas poesia; ela se explica,
ou não?
Eu não criei a Coca-Cola.
Tudo são linhas, rimas que se deformam.
Você vive a me chamar de poeta,
Ora ora!
Tudo confesso nestes meus versos,
por eles eu nunca fiz escola.
E agora?
Como desvendar tudo o que penso,
das coisas que escrevo?
Você sabe que posso lhe enganar;
tenho verbos em alto, baixo relevo.
Às vezes, nem eu os vejo,
fico perdido em alto mar.
E, lendo por lendo,
pensa que vai me entender?
Sou apenas a tua ilusão;
o que nunca vai achar.
Será que realmente esta me vendo?
É divertido estar por detrás de cada letra.
Complicar tudo rastejando como um gato no escuro.
Vacilou, me perdeu, já pulei o muro.
Este sou eu; um hebreu, filisteu.
Se preciso for,
visto as roupas do avesso.
Escrevo e me reescrevo;
faço isso para ser livre.
É inútil tentar-me o cabresto.
Faça isso, e logo desapareço...
Vou pousar num outro poema.
Fica só você e seus dilemas.
Por isso, me entenda.
Quem escreve não tem casa!
Eu sou apenas uma carta;
uma mensagem,
e muitos endereços...
Quer pagar para ver?
Hora estou aqui neste texto;
num segundo,
lá fora....
Poetas são seres de assas;
nada a ver com teu mundo.
Nascemos de uma vida rara!
Já contemplou borboletas voando?
Não é tão fácil ser leve para um voo.
Do alto tudo é lindo, porém, breve!
Curto como a vida que se passa...
Vivo bem neste labirinto de escritos;
se faltar bagagem, não entre!
Vai encontrar milhões de caminhos.
E, caso não se caiba, talvez não saiba.
Não saiba o que é ter a paz de estar sozinho.
O completo é me tão simples,
não tente me entender?
Labirintos não informam a saída.
Você já leu Clarice?
Talvez aprendesse a ser desperto.
Pode ser-te um caminho triste;
perigoso, vazio ou mesmo divertido.
Você já brincou de morto-vivo?
Então, decifra-me!
Onde esta o meu começo?
Aqui não se entra com novelo,
pergunte a Ariadne.
Tudo é apenas um passe de mágica.
Se você sai de um ponto,
logo abro outra página.
Quem sou eu?
É o que você me pergunta.
Simples, complexo, profundo...
Sou Morfeu!
O rato roeu a roupa do rei de Roma;
nada sobrou,
nem mesmo o meu diploma.
O fim também é o começo;
página a página, texto a texto.
...Volte atrás
Talvez você agora prefira ficar lá fora,
que não queira mais.
Então vem,
vou te levar embora...
Criança,
vamos comer amoras.
Autor:
Francisco de Assis Dorneles
Obs.: não encontrei a fonte desta imagem, esta em vários blog pela internet.
Caso seu criador(a) não permitir o seu uso, eu irei retirá-la do meu blog.
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