Quer me acompanhar no Instagram.....

domingo, 25 de agosto de 2019

Labirinto dos meus versos



Quero lhe dizer que quando escrevo,
o faço primeiramente para mim.
Agora, farei verso também para ti,
as outras pessoas. 

Sim, tenho alguns textos um tanto que longos.

Tipo cruzar um rio com apenas remo e canoa.
Porém, lhe peço para não  se esquecer,
sei caminhar por trilhas médias ou curtas.

Reconheço, 

faço dos meus poemas tons de  mistério.
Coisas que estranhamente a ti, ressoa.
Sinto gostar do complexo como algo belo.


Nada mais  posso fazer;
nada mais posso lhe dizer.
Nada, além das minhas campinas.

Meus versos não carregam fórmulas,

não tenho a pretensão de ser um químico.
Tudo é apenas poesia; ela se explica, 
ou não? 
Eu não criei a Coca-Cola.

Tudo são linhas, rimas que se deformam.

Você vive a me chamar de poeta,
Ora ora! 
Tudo confesso nestes meus versos,
por eles eu nunca fiz escola.
E agora?

Como desvendar tudo o que penso,

das coisas que escrevo?
Você sabe que posso lhe enganar;
tenho verbos em alto, baixo relevo.
Às vezes, nem eu os vejo,
fico perdido em alto mar.

E,  lendo por lendo, 

pensa que vai me entender?
Sou apenas a tua ilusão;
o que nunca vai achar.
Será que realmente esta me vendo?

É divertido estar por detrás de cada letra.
Complicar tudo rastejando como um gato no escuro.
Vacilou, me perdeu, já pulei  o muro.
Este sou  eu; um hebreu, filisteu.

Se preciso for, 

visto as roupas do avesso.
Escrevo e me  reescrevo;
faço isso para ser livre.
É inútil  tentar-me o cabresto.

Faça isso,  e logo desapareço...

Vou pousar num outro poema.
Fica só você e  seus dilemas.

Por isso, me entenda.

Quem escreve não tem casa!
Eu sou apenas uma carta;
uma mensagem,
e muitos endereços...

Quer pagar para ver?
Hora estou aqui  neste texto;
num segundo,
lá fora....

Poetas são seres de assas;

nada a ver com teu mundo.
Nascemos de uma vida rara!

Já contemplou  borboletas voando?

Não é tão fácil ser leve  para um voo.
Do  alto tudo é lindo, porém, breve!
Curto como a vida que se passa...

Vivo bem neste labirinto de  escritos;
se faltar bagagem, não entre!
Vai encontrar milhões de caminhos.
E, caso  não se caiba, talvez não saiba.
Não saiba o que é ter a paz de estar  sozinho.

O completo é me tão simples,

não tente me entender?
Labirintos não informam a saída.
Você já leu Clarice?
Talvez aprendesse a ser desperto.

Pode ser-te um caminho triste;

perigoso, vazio ou mesmo divertido.
Você já brincou de morto-vivo?

Então, decifra-me!
Onde esta o meu começo?
Aqui  não se entra com novelo,
pergunte a Ariadne.

Tudo é apenas um passe de mágica.

Se você sai de  um ponto,
logo  abro outra página.

Quem sou eu? 

É o que você me pergunta.
Simples, complexo, profundo...
Sou Morfeu!

O rato roeu a roupa do rei de Roma;
nada sobrou,
nem mesmo o meu diploma.

O fim também é o começo;

página a página, texto a texto.
...Volte atrás

Talvez você agora prefira ficar lá fora,
que não queira mais.
Então vem, 
vou te levar embora...
Criança,
vamos comer amoras.





Autor: 


                Francisco de Assis Dorneles














Obs.: não encontrei a fonte desta imagem, esta em vários blog pela internet.
Caso seu criador(a) não permitir o seu uso, eu irei retirá-la do meu blog.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mensagens a ChicosBandRabiscando