_Entendemos a sua situação, professor, falta pouco para que chegue ao local. Aguente firme.
_Continuaremos monitorando os seus passos em tempo real. Não tem escolhas, sabe disso.
Uma
observação, a face do professor não escondia de forma nenhuma o seu
descontentamento com as colocações do presidente. Realmente não tinha
escolha, visto que somente ele poderia chegar ao epicentro da pandemia.
Presente e futuro da humanidade estavam em suas mãos.
_
Ainda que não acredite em Deus, professor, _Diz o presidente_ que ele o
guie. Aqui termino a nossa comunicação._Adão acena fazendo ok com o
polegar.
Leitores(as),
nos inteiramos agora das particularidades da missão do
professor,contudo, ainda existem lacunas a se preencher. Podem até se
arriscar levantando novas conjecturas. Todavia, nos faltam alguns
elementos para o desfecho da trama aqui narrada.
Sigamos então com os fatos...
Passava
das cinco da manhã, as pálpebras do professor estavam pesadas. Ao abrir
a boca bocejava vapores de ar quente denunciando o frio da madrugada.
Volta e meia, olhava para cima atestando a presença inoportuna do drone o
seguindo.
Adão
era visto em tempo real, todos os povos acompanhavam a sua jornada com
grande expectativa. Não havia mais nada a se esconder, restava torcer
para o sucesso da sua missão dando fim a pandemia.
Ah! Se soubessem da sua aversão a exposição gratuita, não fariam daquela forma. Pois, Adão nutria um ódio terrível a qualquer tipo de "reality Show". Para ele se expor ao olhar mecânico de um câmera era algo baixo, torpe, desprezível sobre todos os aspectos. Por circunstâncias casuais, ele se tornara a maior audiências de todos os tempos.
Mas, para Adão a sua filosofia de vida deveria estar sempre à frente de qualquer interesse. Não foi difícil ver como o professor se sentia um animal exótico exposto sem escolha naquela savana. Adão mais uma vez amaldiçoou o destino por isso.
(Continua...)
Autor: ChicosBandRabiscando
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