Mais uma árvore caiu.
Jorra a seiva vermelha das veias.
Há uma floresta sobre as calçadas.
A vida afogada sob o pessimismo.
Dados são dados, mais nada!
No morro foi abatido mais uma planta nova.
A prefeitura inaugura projeto de novas covas.
Polvorosa, a tevê teve a audiência aumentada.
Transeuntes indiferentes na sua caminhada.
Dados são dados, mais nada!
E a polícia fala.
E o político fala.
E a roleta não para.
Mais uma vez o povo se cala.
Dados são dados, mais nada!
Continua o pão e o circo.
A lona às vezes presente o perigo.
É quando o fogo se alastra...
Logo chamam o bombeiro e apaga.
Dados são dados, mais nada!
Autor: (ChicosBandRabiscando)
Créditos da charge:
Agradeço de coração ao chargista, Izânio Façanha.
Foi gentil cedendo a sua arte para ilustrar o poema.
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