O meu sangue doce atrai aos tubarões.
Porém, não me dou as sepulturas.
Sangro, expludo os meus nervos.
Além dessa fogueira aqueço-me.
Acredito no meu lume.
À mesa deixo o candeeiro.
Afora, o maligno e o seu cortejo.
Tão longe de tudo me vejo!
Sou um vaga-lume.
O farol da ilha é minha lanterna.
Distancio-me do falso cardume.
Sou d'Arc em chamas, brasa e desejo.
Não me apago nestas trevas.
Obscurantismo é toda forma de castidade.
É a loucura costurada a carne da maldade.
As ilusões assim borbulham...
Vomito em silêncio tudo o que penso.
Nem sempre as dores se curam.
Ao túmulo que desçam os caixões,
porque não sabem o que pensam.
Mundo ameno, chora em silêncio!
Ainda assim, não serás tão pequeno.
Autor: ChicosBandRabiscando
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