Rabiscos tentando desenhar um circo.
Reticências sonhando criar uma ponte...
Pontos e vírgulas costurados a carne viva!
Suturas de uma criança que não se cansa.
Mero pássaro triste cantando num monte.
Uma frase solta que não se completa...
A curva mais próxima de um abismo.
Estradas sinuosas sobre linhas retas.
Vejo-me assim, tão impreciso!
Recito à língua de fogo por versículos.
Visto-me de toda a fé a adubar o solo.
Abro os meus olhos semeando versos ao dia.
Sou a mais pura fome a clamar pelas chuvas!
Uma água limpa misturada as sujas.
Choro lavando belos cachos de uva.
Porque poeira mereja os meus olhos.
Há tantos rios descendo das águas!
Sou a porta aberta de um quarto fechado.
Assim me vejo tal cobertor desgastado.
Renasço e morro criando os meus ciclos.
Sou um poeta, não sou mais nada!
Autor: ChicosBandRabiscando
Credites:https://pixabay.com/pt/users/free-photos-242387/
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