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quarta-feira, 17 de junho de 2020

Poema em brasa



Mar sem direção;
não era assim,
claro que não!
Agora  tudo fala do nosso fim,
então!

Eu não quis te ferir.
Um dia quis você aqui.
Talvez o amor não tivesse um fim.
Mas ficaste ácida dentro de mim.

Tão acre, já não te consumo.
Limpei das mãos nosso sumo.
Feria a minha língua de saudades.
Verdades que já nem acredito.

Ritos de maldade que culpei o tempo.
Das coisas que já nem tento.
Tão lenta  essa imperfeição...
Ontem doí-as no meu coração.

São cores que deixei em luto.
Um pássaro bateu as suas asas.
Sentimentos também se apagam.
Quando se queima a última brasa.

Enfastie-me do teu nome.
Já não conseguia te riscar ao chão.
Saudades, já não me lembro.
Porque ficastes em vão!

Do que sei foi assim tão lento...
Será que o amor foi a nossa imperfeição?
Penso que sim, às vezes não.
Porque fiquei mudo!
Não era assim, então.



Autor: ChicosBandRabiscando



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